quinta-feira, 30 de maio de 2013

Modernidade e Pós Modernidade

 
 
 
BAUMAN:
 

Segundo Bauman dentre varias definicões para epoca atual, utiliza o termo modernidade liquida para caracterizar a fluidez da realidade em contraposição a solidez do período anterior. Esta fluidez não é apenas econômica ( que transfere em questões de segundo grandes volumes de capital de um canto do mundo para outro) ou de uma empresa que se instala em um país  e dele migra  tão rápido quanto entrou , ou politico (mudanças continuas de esquerda e de direita).
O préfacio de modernidade líquida segundo Bauman (2000) dedica-se a exiplicar as diferenças fisicas associativas entre o sólido e liquido ,segundo o texto da  Enciclopédia Britânica. faz isso a fim de estabelecer uma métafora para as atribuições que a modernidade liquida se instalou na humanidade .
Bauman traz uma abordagem sobre a entrevista em 03 de fevereiro de 1999, em Ulrich. Ele denominou esse momento de "segunda modernidade considerando nessa fase a modernidade. 
A modernidade liquida , ou a modernidade que é chamada também de pós- modernidade e o objeto metaforo , aquilo que como um liquido , adapta-se  a qualquer forma ou situação sólida, se modifica no tempo,de modo que não fixa espaços.
 Em certo sentido, os sólidos suprimem o tempo pois são estáticos e inderformaveis para os fluídos, ao contrário, o tempo é o que importa.A questão primordial desse contraste é que a leveza do liquido e o ato  mesmo da liquefação tornam quase irrelevante o papel do espaço .Concentram-se, em lugar disso transposição do tempo , e principalmente na relativação do espaço em função do tempo.
 
Segundo Bauman abre uma concessão ao estranhamento que pode causar associação entre a liquidez  a modernidade, já que essa foi a primeiramente estabelecida sobre um discurso de assentamento de estruturas duradouras .Mas a modernidade não foi um processo de liquefação desde o começo, não foi o derretimento , dos sólidos seu maior passatempo é a realização.
Isto é, a própria nasceu da intenção de fazer esmorecer um sistema extremamente estanque , que pouca liberdade garantia ao individuo , e fez isso em na intenção de construir um modelo que fosse ele mesmo liquido ,ou adaptavel ás necessidades desse individuo.
 Desse jeito o apelo a adaptação e da tentativa de estabelecer instituições mais atenta as liberdades individuais é que nasce a modernidade liquida. Há entrentanto, um contracenso no projeto (que é parte essencial dessa liquidez) essas novas instituições não consistem no mero desfalecimento de tudo o que era sólido , mas de uma abertura á elaboração de novos sólidos aperfeiçoados e teoricamente perfeito.

 
Bauman  relata que a humanidade foi fluida desde o seu início e durante todo o seu período de existência foi um “processo de licuefación”, inclusive, diz que derreter dos sólidos foi  sempre seu principal passatempo.

Ainda segundo Bauman  afirma que os tempos modernos encontraram os sólidos premodernos em um estado bastante avançado de desintegração e um dos motivos mais poderosos que estimularam a sua dissolução foi o desejo de descobrir ou inventar sólidos, cuja solidez fora, pelo menos, por uma vez, mais duradoura, em que se pudesse confiar e, de lá, quando fosse o caso, voltar ao mundo predizível ou controlável.

 Bauman, diz que  os sólidos tinham que ser dissolvidos, a começar pelas lealdades tradicionais, os direitos e obrigações estabelecidos, que atavam mãos e pés, obstaculizavam os movimentos e inibiam as iniciativas.  Porque, para encarar  a tarefa de construir uma nova ordem, verdadeiramente sólida, era necessário desfazer-se do lastro que a velha ordem impunha aos construtores.
 

Para Weber, esta  fase de dissolução da etapa sólida da era moderna deixou o campo livre para a invasão do domínio da “racionalidade instrumental”,  ou do “rol determinante da economia”.

Logo essa dissolução dessencadeou a uma progressiva emancipação da economia de suas tradicionais  políticas, éticas e culturais. Assim  construiu  uma nova ordem, criando  em primeiro lugar os  termos econômicos.
Bauman(2005,p.60) afirma que para garantir maioria dos habitantes do liquido do mundo moderno, atitudes como cuidar da coesão , apegar-se as regras, agir de acordo com precedentes e manter-se fiel a lógica da continuidade em vez de flutuar na onda das oportunidades mutáveis e de curta duração não constituem opçôes promissoras.

 

GIDDENS:
 
Para Giddens a questão da modernidade , seu desenvolvimento passado e formas institucionais presentes reaparece como um problema sociológico e o surgimento das instuiçôes modernas foram reconhecidas há muito tempo.Porém, hoje vemos não só que essas coneçôes são mais complexas e probematicas do que pensavamos , mas que um repensar da natureza da modernidade deve caminhar junto com a reformulção de premissas básicas da análise sociologica.As instituiçôes modernas diferem de todas as formas anteriores de ordem social quanto ao seu dinamismo do grau em que interferem com habitos e costumes tradicionais e seu impacto global.
No entanto, essas não são apenas transformacôes em extenso:a modernidade altera radicalmente a natureza da vida social cotidiana e afeta os aspectos mais pessoais de nossa existênca.
 
A modernidade deve ser entendida num nível superior institucionais , mas as tramnsformâçôes introduzidas pelas instituiçôes modernas se entrelaçam de maneira direta com a vida do individuo, e portanto com o eu.Umas das caracteristicas distintas da modernidade , de fato é a crescente interconexão entre os dois extremos da extensão e da intencionalidade :influências globalizantes.Então a sociologia e as ciências sociais em termos mais amplos são elementos inerentes a reflexidade institucional da modernidade.A  modernidade é uma ordem pós-tradicional ,mas não uma ordem em que as certezas da tradição e do hábito tenham sido substituidas pela certeza do conhecimento racional

Giddens afirma que a modernidade se refere as modos de vida de uma organização social que surgiu na Europa desde do XVII .

Portanto, o final do século XX surgiu o início de uma nova era que transcende a modernidade e responsabiliza as ciências sociais pelo seu anúncio. Assim essa nova era é vista por alguns como um novo tipo de sistema social e recebe, inclusive, vários nomes, como a sociedade de informação ou  sociedade de consumo. Também surgiu outros preferem utilizar termos que indiquem o final da era da modernidade e chamam de posmodernidade ou poscapitalismo, ou ainda sociedade industrial.
 .

Ainda para Giddens  surge a  mudança de era,  que dão destaque para as transformações institucionais, principalmente, quando afirmam que há um movimento de um sistema fundamentado na fabricação de bens de consumo para outro que se concentra na informação. Portanto , é mais provável que essas situações se concentrem   em questões filosóficas e epistemológicas.
Para  Jean-Francois Lyotard afirma que a posmodernidade faz referência tanto ao deslocamento da fundamentação da epistemologia quanto ao deslocamento da fé, no progresso humanamente concebido,

Assim,a  visão posmoderna contempla uma pluralidade de heterogêneas pretensões do conhecimento, entre as quais a ciência não possui um lugar adequado.Ainda aborda o autor que a pos-modernidade refere a um deslocamento das tentativas de fundamentar a epistemologia e da fé no progresso planejado humanamente.A condição pós-modernidade é caracterizada por uma evaporação "grand narrative."O enredo dominante por meio do qual somos inseridos na história como seres tendo um passado definitivo e um futuro predizível.A perspectiva pós-moderna vê uma pluralidade de reivindicação heterogênea de conhecimento, na qual a ciência não tem um lugar privilegiado

Para, Habermas, a resposta padrão ao tipo de ideias apresentadas por Lyotard é a de procurar demonstrar que é possível uma epistemologia coerente e que se pode chegar a um conhecimento agradável  da vida social e dos modelos de desenvolvimento social.

Giddens relata  diferente. Afirma  que, essa situação relativa à impossibilidade de se obter um conhecimento sistemático da organização social, “resulta em primeiro lugar de la sensação  que muitos de nós  temos de fazer e se adequar em um universo de conhecimentos.. Para explicar como se chegou a essa situação, não basta inventar termos como pós-modernidade mas deve-se dar uma mirada sobre a natureza da própria modernidade que, por certas razões, até agora tem sido mal compreendida pelas ciências sociais. Entretanto, ao  entramos em um período de pós-modernidade, estamos trasladando a um período em que as consequências da modernidade estão se radicalizando e universalizando.

Giddens diz  que, mais adiante da modernidade, será possível perceber contornos de uma ordem diferente que é pós-moderno. Mas isso é muito diferente do que, nesse momento, alguns querem chamar de pós-modernidade.

 

Portanto nessa  discussão, percebemos  uma visão comum de Bauman e Giddens, uma vez que os dois autores dizem que ainda não é chegada a pós-modernidade.

 Giddens relata  que futuramente se poderá conhecer uma ordem diferente que será a pós-modernidade, Bauman defende o conceito que Ulrich apresentou numa entrevista, quando chamou esse momento de uma “segunda  modernidade.
 Giddens defende que não  consegue entender e perceber  todo o universo de conhecimentos e Bauman, nesse mesmo contexto , pergunta se a mente humana pode dominar, isto é, conhecer realmente tudo isto que ela tem criado neste   universo. Na visão de Bauman podemos perceber certa conexão entre a individualização quantitativa e individualização na modernidade sólida ;entre a individualização qualitativa e a modernidade liquida.Na modernidade liquida o individuo se torna único ou assume o dever de ser único. 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

GIDDENS, Anthony. Consecuencias de la Modernidad. Ciencias Sociales. Alianza Editorial. Madrid. Espanha.1993.

 

BAUMAN, Zygmunt. Modernidad Liquida. Fonte  de Cultura Económica de Argentina, S.A. Buenos Aires. Argentina. 2000.                                   
                                                                      
                                                                                                                                                        
                                                                                                          Marluce Muniz

 

       

Nenhum comentário:

Postar um comentário